sábado, 11 de dezembro de 2010

A era do VHS



Ah, como era bom entrarmos na locadora no tempo do VHS (sim, eu sou dessa época e era bem feliz)!
Entre 80 e 90 o país foi tomado por milhares de locadoras, foi praticamente a Revolução Atari (só tinha Atari logo que saiu em uma das duas circunstâncias, ou você era rico ou você tinha conseguido um Atari usado de algum lugar).
Lembro-me que passava as minhas férias escolares na casa do meu primo e como era pequeno e ainda não trabalhava, pedia um trocado à minha mãe pra alugar 4 ou 5 filmes pra assistimos durante as férias.
Na época o TOP ULTRA MEGA BLASTER vídeo K7 eram os JVC's e meu tio possuía um com muito orgulho.
Quando minha mãe comprou o primeiro vídeo K7, foi motivo para quase uma festa em casa. Obviamente, não tínhamos condições financeiras para um JVC, isso era coisa para playboys, mas acabamos comprando um (se não me engano) Gradiente.





Com o tempo, fomos atualizando e comprando novos vídeos K7 (mas NUNCA um JVC!!) até chegarmos em um 4 cabeças que rebobinava a fita em alta velocidade (pois é....altíssimo recurso! Na época)
No meu bairro, havia inúmeras locadoras, mais nenhuma, absolutamente nenhuma se comparava a locadora chamada MEDIEVAL (minha carteirinha era a nº 11 de mais de 5.000). A locadora era uma casa com dezenas, eu disse DEZENAS de cômodos cada um com um gênero. E a diversidade de títulos e gêneros? Isso era uma coisa astronômica! Cheguei a assistir a coletânea inteira do Havoc (de acidentes automobilísticos) e Faces da Morte, este, mais conhecido por todos.
Era uma verdadeira diversão, ir à locadora ficar quase 1 hora para pegar um único filme. E as capas?? As capas de VHS (na minha opinião) são as mais legais até hoje, batendo até em blu-ray!
Nessa época, o prazer maior era assistir o filme e não passar 3, 5, 10 horas assistindo extras. Nessa época tinha-se, digamos magia.
Lembro que meu primo e eu ficávamos por horas tentando imaginar como fizeram essa ou aquela cena. Hoje, você assiste ao filme e depois descobre como foi feito e no pior dos casos (blu-ray) aciona-se um maldito botão e PLAFT você assiste ao mesmo tempo a cena e como ela foi feita.
Quando apareceu o “tal” do DVD em 1999/2000, pensei muito, mas, muito mesmo em me desfazer do meu querido Panasonic 7 cabeças Hi-fi (pensei tanto que o tenho até hoje e em perfeitas condições).
Meu primeiro DVD foi Pappilon de 1973. Menu estático e nenhum extra. A imagem era uma coisa absurda de excelente.
O tempo passou, a era do blu-ray chegou e ainda tenho saudade da época do VHS por mais algumas dúzias de motivos, que não irei postar para não me sentir tão antiquado e/ou velho.

Nenhum comentário: